sábado, 29 de novembro de 2008

Moderno e Clássico

Hoje venho aqui falar um pouco sobre o teatro clássico e o teatro moderno, ou contemporâneo. E eu venho falar disto porquê? Porque é algo que faz parte da actualidade na Nova Comédia Bracarense. O grupo juvenil da Nova Comédia Bracarense, o nosso grupo, como vocês sabem está agora a preparar o seu novo projecto, a peça de teatro “A Divisão”, que é uma representação dramática que está enquadrada no âmbito do teatro moderno. Já o grupo sénior está também a trabalhar no seu novo projecto, que está aí a chegar, “O Morgado de Fafe em Lisboa”, peça esta que encaixa no teatro clássico.
São ambos dois estilos teatrais interessantes, que diferem em muitos aspectos, não deixando de ser, ambos, interessantes. Os clássicos têm já muito reconhecimento, e podemos vê-los, ainda em peso nos dias que correm. Muitos prevalecem intactos, outros sofrem as naturais adaptações. O público gosta de clássicos, e os clássicos gostam do público, pois o publico eternizou-os.
O teatro moderno, que eu pessoalmente prefiro, reflecte melhor a nossa cultura, a nossa sociedade, os problemas que nela existem, e na minha opinião são muito mais atractivos precisamente devido a isso. As pessoas podem ver uma peça, e identificarem-se com esta ou com aquela personagem, e até identificarem a sua vida com a própria história. Actualmente o público é atraído pela novidade do enredo, e aqui reside uma das principais diferenças com o teatro clássico, que procurava muitas vezes inspiração em vários mitos e lendas.

Mas, nem tudo é assim tão bonito. E desse modo guardei este bocadinho para falar do que me preocupa hoje em dia no teatro. Não, não tem a ver com teatro moderno nem clássico, tem a ver com a sociedade moderna. Sociedade esta que se calhar nem sabe quem escreveu “Romeu e Julieta”. Sociedade desinteressada pelo teatro, sociedade que se tem afastado aos poucos dos auditórios, que prefere o sofá e ver mais uma das pobres e repetitivas realizações, de José Eduardo Moniz.

Não percam os clássicos e os modernos que a Nova Comédia Bracarense lhe proporciona. “O Morgado de Fafe em Lisboa” pelo grupo sénior, e a peça “A Divisão” do autor Miguel Marado, que será em breve levada até si pelo grupo juvenil da NCB.

Tiago Pintas

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