terça-feira, 29 de abril de 2008

Entrevista à Liliana Ribeiro - Melhor Actriz do Festival da Maioridade



Entrevista de Pedro Oliveira (substituído perante a câmara por Pedro Kayak) a Liliana Ribeiro, vencedora do troféu Bicho de Plástico na categoria de Melhor Actriz do Festival da Maioridade.

Veja o vídeo, visite o canal da NCB no YouTube (aproveite para subscrever) e comente abaixo!

Veja aqui o vídeo das nomeadas para este troféu que a Liliana conquistou com os votos do público.

Na próxima Quarta-feira o Daniel Mendes Pereira fala sobre si, em entrevista de Joana Raquel Antunes.

sábado, 26 de abril de 2008

Nomeadas para Melhor Actriz do Festival da Maioridade - NCB



Este vídeo traz-nos amostras das prestações das nossas actrizes, nomeadas para o troféu Bicho de Plástico na categoria feminina.

A vencedora do dia 12 de Abril foi a Liliana Ribeiro, perante o superior número de votos que lhe foram endossados pelo nosso público.

Na Quarta-feira próxima estará aqui, no nosso site, a entrevista à actriz premiada. As questões foram colocadas por Pedro Oliveira. Pedro Kayak emprestou a sua voz e imagem, como entrevistador.

Visite o nosso canal YouTube NCB (e subscreva-o), comente abaixo, e não perca a ainda pertinente entrevista ao nosso Melhor Novato (também abaixo).

terça-feira, 22 de abril de 2008

Entrevista ao Bruno Boss - Melhor Novato do Grupo



Entrevista de Liliana Ribeiro a Bruno Boss, vencedor do troféu Bicho de Plástico para o Melhor Novato do Grupo, no Festival da Maioridade.

Veja o vídeo, visite o canal da NCB no YouTube (pode também subscrever) e comente abaixo.

Na próxima Quarta-feira teremos mais uma entrevista!

sábado, 19 de abril de 2008

Nomeados para Melhor Novato do Grupo - Festival da Maioridade



Neste vídeo podemos ver pequenos excertos da prestação de cada um dos nossos novatos candidatos ao Bicho de Plástico nessa categoria.

Como todos sabem, o vencedor foi o Bruno Boss, de acordo com a escolha do nosso público.

Na próxima Quarta-feira será aqui divulgada uma entrevista de Liliana Ribeiro a este artista.

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terça-feira, 15 de abril de 2008

O Festival da Maioridade – um balanço

No início, havia um desafio, uma maratona proposta. E um pedido. O pedido de dedicação a 100%. Pedir isto a um artista amador é pedir-lhe assiduidade, pontualidade, entrega e dedicação, mesmo alguma garra. Mas, sobretudo, é pedir-lhe compromisso, a sua palavra.

Não é fácil concretizar oito espectáculos diversificados, por várias razões: falta de recursos (tempo e dinheiro, principalmente); questões logísticas, de divulgação; necessidade de competência em palco; responsabilidade na situação de representar um nome, uma imagem de marca. Penso que, face às dificuldades, fomos por vezes ingénuos, por vezes fomos infortunados, mas amiúde estivemos bem. Não sendo um enorme sucesso, este Festival soube trazer alguns interessados no nosso trabalho, soube atrair alguma atenção, preencher um espaço vazio na cultura de uma freguesia e ganhar respeito de alguns, pelo menos.

Esta reflexão inicial permite-me concluir que para uma maratona destas, levada a cabo com um conjunto muito restrito de 15 artistas, é essencial aquele que não leva o teatro como um “hobbie”, como uma actividade como as outras. É imprescindível o artista que é flexível, disponível, motivado, atraído pela arte que é o teatro. Esses são raros, mas tivemos alguns. Poucos. Além disso é essencial aceitar bem e frequentemente a simplicidade, a maneira mais minimal de circunscrever certo obstáculo. É necessária gestão, a vários níveis. Agradeço a todos que estiveram lá, algumas vezes sem sequer ir a palco, a exercer funções essenciais, sem as quais os espectáculos não poderiam ocorrer, pelo menos com o proposto e a intenção com que foram atingidos os objectivos. Sinto-me, também por mim próprio, um pouco orgulhoso, se mo perdoarem.

De resto, em palco tivemos uma peça em estreia universal, apesar das já nossas conhecidas personagens, a “Natal a se7e”; novatos do nosso grupo, provenientes dum workshop que os levou ao palco no registo do Improviso Teatral; um clássico nosso, amadurecido, mas ainda irreverente, a “Trilogia Hitchcock”; um dueto de comédia e drama, onde um emudeceu o público e outro o levou perto do rubro, com “Os Direitos dos Animais” e a “Reflexão sobre o Aborto”; uma comédia com intenção e verdadeiro diálogo intercultural, com quatro línguas em palco: “Zapaterias”; uma nova e ousada estreia que promete voltar em força, com arestas limadas, para se provar, com o Improviso Dramático; ainda uma peça de elevado sucesso, com muito e animado público, de um humor negro e diversificado, baseado numa instituição universal, o casamento: “As Sete Maravilhas do Homicídio”; e, finalmente, o Improviso de registo cómico, que é sublinhado pela entrega de prémios do nosso Festival.

E tivemos em palco Bruno Boss, Liliana Ribeiro e Daniel Mendes Pereira. Não fui eu que os elegi, mas sim o público, como os melhores nas categorias respectivas (Melhor Novato do Grupo, Melhor Actriz do Festival e Melhor Actor do Festival), no entanto, não me é difícil dizer-vos o porquê.

Quem resiste à capacidade de liderança, por vezes exagerada, mas muitas vezes surpreendentemente comedida para a idade; quem resiste à capacidade e inteligência na leitura de situações, de companheiros, de públicos; quem não admira a expressão, a capacidade de moralizar uma equipa, ou a simples abordagem à apresentação de um espectáculo do Boss?

Há alguém que ignore a concentração, a expressividade cuidada, a notável vontade de se superar da Liliana? E alguém que despreze a capacidade de ser fantástica na comédia e irresistível no drama? Ou alguém que não seja capaz de simplesmente se esquecer que era ela quem, ainda há minutos, representava outra personagem, completamente diferente?

Onde encontram aquele timing, aquela amplitude vocal, a presença e a postura tão adequadas como nos traz o Dani? Quantos pensam a situação cómica tão bem? Quantos são, só por estar lá, capazes de convencer? Quem mais têm a capacidade criativa para “tirar da cartola” semelhantes personagens ou expressões? Mais ainda: quantos terão a coragem?

Existirão, sem dúvida, muitas respostas para estas questões. É a sua própria pertinência que lhes dá o mérito, que lhes dá a capacidade que tiveram para levantar o troféu que, hoje, lhes permite ostentar tão belo título. Felizmente, eles não são os melhores. Os melhores somos todos e há respostas para as questões que coloquei acima no nosso grupo, de carne e osso. A equipa, um colectivo, superam sempre quaisquer individualidades, por mais fortes. Tenho orgulho em ter tido mão nisso e em estar certo dessa verdade.

Porém, estes três artistas mereceram o respeito de público e grupo, pelo que são os justos vencedores destas categorias, os mais marcantes deste Festival. Por isso lhes dou os meus parabéns e sublinho o seguinte: este troféu traz o peso de uma responsabilidade, de uma força para que se superem, para que ajudem o grupo, com toda a convicção, a ser ainda melhor.

Por isso, num Festival que mostrou o passado, há um enorme “Boa sorte!” para o futuro, uma responsabilidade colectiva com três símbolos, com um grupo de 15 artistas de nível, no mínimo, para os apoiar. Estrelas: não temos, nem queremos. Atitude e vontade para aprender e crescer, regular e constantemente, são as qualidades que se exigem.

Resta-me, neste longo texto, agradecer a quem mais nos ajudou: no nosso grupo, o incansável Carlos Barbosa e o nosso “fã” nº1 a nível interno, o Diamantino Esperança; em Palmeira, outros nossos “fãs” (perdoem a expressão), o Presidente da Junta João Russell e o sempre prestável João Gomes. A todas as pessoas que nos acompanharam, peço que insultem os nossos erros mais do que apreciam as nossas qualidades. Queremos ser os melhores do Mundo, de preferência já para a semana…

Até ao próximo Festival, com mais anos por cima, com mais valores que saibam que a qualidade se traduz através da soma de 90% de transpiração e apenas 10% de inspiração, nunca o contrário! Viva a NCB! Viva o Teatro!


Miguel Marado

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ponto de vista de um actor sobre a mostra

Quando nos foi apresentada a hipótese de realizarmos esta mostra teatral, a reacção foi a de aceitar no momento, pois quem faz teatro tem de certeza como objectivo levar as peças que ensaia a palco e era exactamente isso que nos propunham: levar todos os trabalhos que realizamos no decorrer dos últimos dois anos a palco.

Apresentava-se perante nós um novo desafio, uma meta, e muito trabalho, certamente. Apresentava-se também no entanto a atractiva hipótese de ganhar um prémio (no meu caso o de Melhor Actor), algo que só ajudava a motivar e a apelar interiormente a que desse o meu melhor enquanto actor e enquanto membro da Nova Comédia Bracarense.

Mas tudo isto já não é novidade, e também não o seria o descrever todas as peças e todo o trabalho que houve em volta delas. Por isso vou escrever uma reflexão, olhando para trás, agora que está concluída a tarefa.

Foi-nos então apresentado um novo palco, o do Centro Cívico de Palmeira, e com ele uma pessoa a quem devemos um sincero agradecimento por toda a paciência e apoio prestados, o Sr. João Gomes. Apresentava-se também um novo trabalho para além dos antigos, a peça “Natal a Se7e”. E, no meio de um clima de “nervoso miudinho”, estreamos nesse novo palco essa nova peça. Estava dado o pontapé de saída para o Festival da Maioridade, as peças foram-se sucedendo de 15 em 15 dias. A pressão de ensaiar em pouco tempo peças todas distintas entre si, a pressão para que organizar tudo para que os lugares da sala estivessem todos ocupados, a pressão de tudo corresse pelo melhor, pressão essa muito aliviada graças ao extenso trabalho do nosso encenador Miguel Marado, que dava muito de si para que tudo corresse por melhor...

Só que estas pressões, este trabalho; a obrigatoriedade de condensar o trabalho em tão pouco tempo; a quantidade de ensaios, etc., levam ao desgaste e, após este desgaste, por momentos passou-me muitas vezes pela cabeça fugir da responsabilidade e sair da companhia. Mas agora que redijo este texto, fico feliz por não o ter feito, feliz por saber o que é a pressão de trabalhar tanto e que a consigo aguentar. Isto leva-me a fazer um balanço positivo deste Festival, pois não só revelamos capacidade para improviso, como para peças com um texto já escrito por trás; não só revelamos veia cómica como apresentamos trabalhos dramáticos e de suspense. E, apesar de não termos sempre aquele profissionalismo que deveríamos, acabamos por cumprir e levar a palco os diversos trabalhos que nos propusemos. Além de tudo isto, acabamos por descobrir novos talentos para a nossa companhia, fruto do workshop levado a cabo pelo grupo. Mesmo a nível de espectadores fiquei muito feliz por ter reparado que conseguimos incutir o espírito ao nosso público de gostar e de ir assistir às nossas peças, quando finalmente tivemos uma “casa cheia” na peça “Sete Maravilhas do Homicídio”.

Agora resta-me esperar por novos desafios, novas oportunidades para subir palco e – espero eu – agradar o público com mais um trabalho para esta companhia.

Depois deste balanço positivo, despeço-me com as devidas saudações aos nossos leitores e querido público, esperando ver-vos em breve noutro nosso trabalho, para que nos ajudem a atingir outra vez o sabor do sucesso, como fizeram durante o nosso Festival.


Diogo Ferreira