domingo, 2 de novembro de 2008

Géneros de teatro - Comédia

O teatro é uma arte, e como tal não é uma “estrutura” rígida. Pode, e deve, ser moldada a cada actor e encenador.
Como consequência disso surgiram vários novos géneros teatrais além dos géneros clássicos, como o drama, a comédia ou o romance.
No nosso género mais apreciado, a comédia, podemos destacar os mais frequentes de encontrar nos palcos: a Sátira, as Tragicomédias e o Teatro de Revista. A Sátira é uma comédia corrosiva e implacável, a sátira é utilizada por aqueles que demonstram a sua capacidade de indignação, de forma divertida, para fulminar abusos; castigar, rindo, os costumes; denunciar determinados defeitos; melhorar situações aberrantes; vingar injustiças… É por vezes utilizada de uma forma brutal, sendo mais ríspida a crítica. No entanto, esta abordagem pode ser mais subtil, e esta subtileza nota-se nas falas dos personagens, bem como na abordagem ao tema escolhido (na forma como dizem as suas deixas, a forma como se movimentam em cena, bem como aquilo que é dito).
A Tragicomédia é a mistura de tragédia com comédia. É a mistura do trágico com o cómico. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário. Vê-se que é a tomada da vida quotidiana e absurda com um toque especial de comédia, de forma a descontrair, deixá-la verdadeira e engraçada. Tomam-se temas como violência, morte, roubos, entre outros, e a estes é dado o humor. Muito desse género é, hoje em dia, feito em diversas peças teatrais e diversos filmes. Isso é um dos pontos fortes pelo qual o teatro possui grande sucesso e expansão no que toca à comédia.
A Revista é um género de teatro, de estilo tipicamente popular, que teve alguma importância na história das artes cénicas, tanto no Brasil como em Portugal, que tinha como caracteres principais a apresentação de números musicais, apelo à sensualidade e à comédia leve com críticas sociais e políticas. Este estilo teve seu auge em meados do século XX. Em termos gerais, consta de várias cenas de cariz cómico, satírico e de crítica política e social, com números musicais. É caracterizada também por um certo tom Kitsch – com bailarinos vestidos de forma mais ou menos exuberante (plumas e lantejoulas), – além da forma própria de declamação do texto, algo estridente.
Algumas revistas marcaram épocas – no Estado Novo português, por exemplo, o espectáculo de revista conseguia passar mensagens mais ou menos revolucionárias e de crítica ao regime vigente.


Até Breve!

Ângela Saraiva

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