domingo, 9 de novembro de 2008

Géneros Teatrais (Drama)

O drama é um género teatral que é utilizado para criar a maior tensão possível entre os espectadores, já que o público fica “preso” ao que acontece em palco, entre as personagens, e tenta sempre desvendar o que ainda vai acontecer, idealizando os seus próprios finais para cada personagem.

Este estilo deu os seus “primeiros passos” na Grécia Antiga, quando Aristóteles divide a literatura da sua época, que se originara da forma oral, nos modos narrativo ou épico, dramático e misto. Este género teatral não é mais que um romance na sua forma máxima. Enquanto género cinematográfico, pode também ser entendido como um género onde o enredo se baseia principalmente em conflitos sentimentais humanos, muitas vezes com um tema geral triste.

Dentro deste estilo teatral pode-se destacar o Melodrama e a Tragédia.

O Melodrama é o género teatral que se dedica à expressão violenta ou exagerada dos sentimentos. O século XIX privilegiou particularmente este género literário, que raramente ultrapassa os cinco actos, e que se adaptou com êxito ao gosto romântico pelas paixões exacerbadas, pelo exótico e pelo sobrenatural. Este género teatral teve origem na música italiana do século XVIII.

A moral do Melodrama é quase sempre simplificada: vemos como a vivência humana se reduz ao combate entre o bem e o mal, com o triunfo do primeiro garantido. A intensidade do texto dramático é ilustrada em palco pelos mais variados efeitos especiais e cénicos. As personagens do melodrama são, em regra, estereotipadas, variando entre dois tipos: modelos de bondade ou modelos de malícia.

Nos nossos dias, os Melodramas conquistaram novos públicos, como o televisivo, que consagrou a telenovela como género melodramático mais popular.
A Tragédia é uma forma de drama, que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade, e envolve frequentemente um conflito entre uma personagem e algum poder de instância maior, como a lei, os deuses, o destino ou a sociedade.

Aristóteles disse que a tragédia resulta numa catarse da audiência e isto explicaria o motivo dos humanos apreciarem assistir ao sofrimento dramatizado. Entretanto, nem todas as peças que são largamente reconhecidas como tragédias resultam neste tipo de final – algumas têm finais neutros ou mesmo finais dubiamente felizes. Determinar exactamente o que constitui uma tragédia é um assunto frequentemente debatido. Alguns sustentam que qualquer história com um final triste é uma tragédia, enquanto outros exigem que a história preencha um conjunto de requisitos (em geral baseados em Aristóteles) para serem consideradas tragédias.


Até Breve!

Ângela Saraiva

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