domingo, 10 de agosto de 2008

"A minha relação com o teatro" - 2ª parte

Deixamos aqui, aos nossos leitores, o final do texto da Matilde, cuja primeira parte foi publicada no dia 27 de Julho.

Esperamos que seja, mais uma vez, do agrado de todos.

Miguel Marado

Continuação de "A minha relação com o teatro":


No final do quarto ano, realizou-se uma festa de despedida para os finalistas. Estava lá a escola em peso. Escolheram-me para apresentadora e eu aceitei porque já tinha feito o mesmo “trabalho” em festas mais pequenas. Mas continuando, a princípio estava uma pilha de nervos, porém, ao fim da 3ª linha já estava mais à vontade e cheguei mesmo a improvisar. Adorei. Adorei ouvir os aplausos, os risos, adorei estar sob o olhar atento do público…

Já aos meus 10 anos, no 5º ano na minha escola, tudo o que era festa eu tinha que participar, tudo o que havia de concursos eu tinha de entrar. O que eu queria era representar, mas a minha professora de português estava convencida de que eu só sabia declamar aqueles poemas. Não eram poemas chatos (penso eu) porque eram escritos por mim. No entanto, eu queria teatro, mas ninguém sabia; só os meus colegas, pois a professora cismava comigo para eu escrever mais e mais e mais.

No 6º ano tive, finalmente, a oportunidade de fazer uma peça do “Rato de Campo e o Rato da Cidade” (em “Área de projecto”) que era um mini musical infantil.

Eu era o “Rato do Campo”, mas quando íamos fazer uma apresentação, o meu colega Rato da Cidade teve a triste sorte de partir um braço. Ora então tivemos que fazer mais um “casting”. Digamos que os participantes não eram os pretendidos… Mas eu ofereci-me só para ver como ficava, e aceitaram-me. O meu professor de “Área de projecto” convidou-me para ir fazer essa mesma peça á escola do filho mais novo dele. Fiquei como quem levou um tiro! O professor levou-me a almoçar e depois fomos a casa dele buscar os acessórios, quando me deparei com o seu cão. Com o meu medo a cães só me apetecia fugir porta fora. Fiquei, pois o professor garantiu-me que o cão não fazia mal. Na verdade era muito meigo. A peça correu muito bem e eu gostei de ter aquele público júnior (do 2º ano) a pedir que o “rato” os cumprimentasse. Estendi uma mão e vi um mar de mãos na minha direcção!

Bem isto é tudo da minha “carreira” até agora.

Ah, é verdade, eu ando no grupo infantil da companhia de teatro Nova Comédia Bracarense e adoro, pois fazemos tudo o que eu mais gosto, representar. E tenho a certeza de que é isso que eu quero fazer para o meu futuro.

Matilde Alves Quintela

2 comentários:

Miguel Marado - NCB disse...

Foi um prazer receber o texto desta colega de companhia teatral, bem como dar a curta introdução ao mesmo nesta página da Internet que nos permite chegar aos nossos amigos e espectadores.

Espero que siga a evolução natural na NCB e seja um dos primeiros elementos a juntar-se ao Grupo Juvenil depois de ter passado pelo Infantil. Espero que à Matilde se juntem também mais pessoas que dediquem, ao longo da vida, um pouco do seu tempo ao teatro e a Braga, que mais do que um conjunto da sua péssima urbanização e fraquíssima política de investimentos, é uma cidade de excelente população e cultura.

Miguel Marado

Anônimo disse...

COntinua no Teatro Minha MAtilde!!

tenho a certez que só te faz bem!!
:)

Beijiinho