terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mais fotos de 11 de Outubro - Teatro do Oprimido


Estas fotos elucidam alguns dos momentos dos actores que tiveram em palco na estreia de um novo projecto da NCB, um workshop dirigido por Pedro Kayak. Este novo desafio que foi lançado aos actores, trata-se do Teatro do Oprimido. Este espectáculo foi apresentado pelos actores no dia 11 de Outubro no Centro Cívico de Palmeira e revelou, mais uma vez, a vertente mais interventiva do teatro.
Os actores que vemos nas fotos são: Pedro Kayak, Bruno Boss, Pedro Bafo, Liliana Ribeiro, Rui Lucas e Tiago Pintas. Esta peça contou também com a participação do público, provocando-o e fazendo o mesmo rever-se no que era representado em palco. O público colaborou connosco, as opiniões divergiram mas, no final, o dever tinha sido cumprido, tínhamos tornado o público parte do palco, da cena, da peça.


Foram levados determinados exercícios a palco com o intuito de retratar a precariedade com que muitos cidadãos se deparam diariamente nos seus locais de trabalho e dia-a-dia. Estes exercícios foram um reflexo de uma sociedade cujas entidades patronais não têm preocupações com os seus trabalhadores e da crescente desumanização no mundo do trabalho, bem como da dificuldade em gerir questões de mercado, como os combustíveis, também alvo da atenção desta peça.
Assistimos no Teatro do Oprimido às exigências dos operários, exigências estas que mais não são do que aquilo que lhes é devido, os seus verdadeiros direitos. No fundo, algo pelo qual não se deveria lutar, mas que deveria estar instituído numa sociedade que se considera a ela própria evoluída, democrática e socialista mas, no entanto, continua a maltratar ou a diminuir o trabalho daqueles que são o “país”.

Joana Barroso Magalhães

Um comentário:

Miguel Marado - NCB disse...

Não há muito mais a dizer sobre este espectáculo, mas ficou mais este esclarecimento para os que não foram e estas fotos para revermos um bom espectáculo.

Um bom texto da Joana e uma óptima desculpa para nos visitarem, penso.

Até breve,

Marado