terça-feira, 14 de agosto de 2007

Férias

Férias… Aquele momento mágico que nos faz aspirar por descanso e diversão, a pausa de todos aqueles trabalhos e fatigantes projectos, aquela altura do ano pela qual toda gente espera, ou quase toda, pois é preciso fazer sempre uma pausa...

Será mesmo sempre? Afinal de contas, com a chegada destas férias das aulas, chegaram também umas mini-férias da NCB, e sinceramente, dessas férias eu não gosto! Lá se foram os ensaios, a galhofa de estarmos todos juntos, as gargalhadas junto ao palco, o improviso feito em palco... Está tudo em “stand-by” para que chegue o próximo ciclo de aventuras.

Nunca pensei que viesse a haver umas férias de que eu não gostasse, mas mais uma vez o teatro trouxe-me uma experiência nova. É que agora, deixei de gostar de dedicar as minhas férias ao Deus Ócio e à Deusa Preguiça. Preferia muito mais estar a trabalhar para vos trazer algo novo a palco. Não que não o esteja a fazer, pois de momento, como já sabem, temos todos um pouco da nossa energia voltada para a escrita, mas não é suficiente, nunca chega. Estar em palco é algo transcendente e não pode nunca ser substituído por qualquer outra actividade, nem nunca pode ser suplantada por algo tão desprovido de significado como as férias.

Mas não se enganem, claro que gosto da piscina, da praia e de sair com os amigos, mas o teatro não invalidaria isso e traria um pouco de conteúdo cultural a estas minhas férias: sinto falta dos vossos olhos em mim, da vossa atenção, dos murmurinhos que se ouvem, do nervosismo que o palco provoca… Estou farto de “férias teatrais”!

Embora este texto me tenha posto em contacto com o teatro, e me tenha deixado nostálgico nestes odiosos minutos que passo de teclado na mão em frente dum monitor, não chega; e falar para vocês que gostam de teatro e querem ver teatro, apenas me faz odiar mais um pouco estas férias. Por isso me despeço com um “até breve”, porque qualquer quantidade de tempo superior a “breve” é, sem dúvida, tempo a mais.

Até Breve!

Nuno Diogo Neto Ferreira

Um comentário:

Miguel Marado - NCB disse...

Há momentos melhores e momentos piores, mas as férias são duras, sim senhor. Necessárias, mas duras.

Bem, são essencialmente duras quando não as temos de todo...

Dentro em "breve" teremos mais e muito melhor teatro.

Bom texto. Até Breve, espero,

M.M.