quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A paixão pela arte…

O teatro é uma arte nobre que só alguns têm o privilégio de praticar. Foi sempre uma paixão para mim, mas foi sempre algo que tive medo de experimentar, por causa da minha timidez e da vergonha de me expor em público.
Há três anos atrás surgiu, pela primeira vez, uma oportunidade de ingressar num projecto e assim formar o grupo de jovens da Nova Comedia Bracarense. Ao princípio senti-me muito reticente em aceitar essa proposta, mas resolvi deixar o meu medo de lado e experimentar pela primeira vez na minha vida fazer teatro… Foi e é a melhor experiência que eu já tive.
No teatro aprendi a conhecer-me a mim mesma e conhecer as minhas capacidades como pessoa, aprendi a confiar mais nos membros do meu grupo e saber que eles estão lá para nos apoiar quando mais precisamos, o que faz com que o nosso grupo se torne uma segunda família que está sempre do nosso lado. Enfrentei o medo de me expor em público quando, pela primeira vez, entrei em cena, com a “Trilogia Hitchcock”. Ainda me lembro de me sentir muito nervosa, mas apesar dos nervos tudo correu bem.
A partir daí nunca mais nada foi o mesmo. Agora, cada vez que entro em palco, apesar de ainda sentir o nervosismo habitual, ao mesmo tempo sinto-me confiante nas minhas capacidades como actriz. No teatro podemos interpretar várias personagens e cada uma delas tem um pouco de nós, seja um sentimento ou um gesto; cada uma delas é diferente e, à medida que as vamos construindo, sentimos um certo carinho, porque elas são um pouco de nós que estamos a dar a conhecer ao público.
Não me arrependo das horas que cedi para ensaiar, dos sacrifícios que fiz para ser melhor, porque não o fiz só por mim, mas também por sentir uma certa responsabilidade em relação ao grupo que não queremos desiludir, uma certa responsabilidade para agradar o público e garantir que damos o nosso melhor, mesmo quando não estamos nos nossos melhor dias.
O teatro é uma paixão para nós, amadores. Fazemos tudo por amor à arte, sacrificamos tudo por amor à arte… e sempre com um sorriso nos lábios.

Liliana Ribeiro

2 comentários:

Miguel Marado - NCB disse...

Capacidade de sacrifício é o que faz falta a muita gente, mas cá estamos.

Vale a pena ver sacrifício sorridente em palco, se é que há a possibilidade de alguém me entender... O que importa é o mesmo de sempre, o ter interesse em realizar algo e partir para isso.

Quando estivermos lá, a "acontecer", vem partilhar isso connosco - afinal de contas, é essa a essência do texto.


M.Marado

Diogo Ferreira - NCB disse...

Que dizer sobre isto sem ser: Tou mortinho por regressar a palco e espero vos a todos lá... :D

Espírito acima de tudo... não só de sacrificio mas Espirito mesmo.

Beijinho Li
e Aquele Abraço prós manos
e pró público em geral!

Diogo Ferreira