terça-feira, 28 de abril de 2009

Cinderela à meia-noite menos dez...

Assim me sinto, qual princesa no seu conto de fadas, ou qual fada no seu reino de princesas, num misto de angústia e adrenalina, próprio de quem está prestes a cortar a meta. Qual meta?, questionam vocês. Isso não vou partilhar... Obrigada Joana!, exclamam... Assim sendo, sentem-se no direito de pensar, ou até mesmo verbalizar, que não têm nada a ver com isto e que não querem saber deste pormenor da minha existência actual para rigorosamente nada... Têm razão, mas precisava de partilhar, porque às vezes faz(-nos) bem ser um pouco egoísta(s). O estranho? Gosto da sensação, quase aflitiva é certo, de estar quase. A diferença? Ponto positivo: a Cinderela não tinha conhecimento de que faltavam dez minutos (ou se calhar até tinha - a fada madrinha não se olvidaria de tão interessante pormenor: uma infalível maquinaria revestida de um esteticamente perfeito adereço de pulso, dotado de diamantes e pedras preciosas, brilhantes, muito brilhantes... um relógio, em suma – mas não antecipava o que viria a suceder à meia-noite). No meu caso, eu sei que está quase, para o bem e para o mal somos animais racionais, já afirmava uma antiga professora. Ponto negativo: como não poderia adivinhar, foi apanhada de surpresa, não teve oportunidade de desenvolver expectativas nem de se proteger; foi pena... Teria revelado ao príncipe as suas verdadeiras origens e raízes e pouparia, assim, futuros dissabores? Nunca se saberá...

Confesso que esta ideia da
Cinderela à meia-noite menos dez (mais ou menos plagiada) me conquistou e, neste momento, consigo ver uma forma de a aplicar a este contexto (finalmente, admitam). Tudo porque, no passado sábado, encontrei a Liliana que, entre outros assuntos, mencionou o “nervosismo” (prefiro ansiedade, vá lá perceber-se porquê...) sentido imediatamente antes de entrar em palco. Para mim, Cinderela agora por direito e dever, é o quase tudo e o quase nada, a ambivalência do querer e não querer, do evitar e enfrentar, do egoísmo e do reconhecer o grupal como prioridade... Se quiserem despender parte de uns quaisquer dez minutos prévios a uma qualquer meia-noite para partilhar o que sentem quando está quase, sintam-se à vontade... Sim, sintam-se, porque hoje apeteceu-me “falar” disto, de sensações, emoções... Raro, julgam(-me) vocês? Muito provavelmente, remato eu...

Obrigada pelo vosso tempo...

Joana Raquel Antunes

terça-feira, 21 de abril de 2009

Comentário às fotos da estreia "A Divisão"



Olá a todos, hoje escrevo aqui para comentar duas fotos da estreia da nossa peça, ‘A Divisão’, no dia 28 Março em Palmeira.


Na primeira foto, como podem ver, estão em palco a Ana Miguel Marado e o Tiago Pintas, que são sobrinha e tio, respectivamente, na peça. Interpretam duas personagens muito protectoras e ligadas à família, vão sendo no fundo uns anjos da guarda da família Montenegro, à qual pertencem várias personagens deste drama.


Na segunda foto podem me ver a mim, Bruno Boss, e ao Pedro Bafo, numa cena de alguma tensão, pois a minha personagem, depois duma série de chantagens e ameaças, finalmente toma as rédeas da situação, embora com os sentimentos à flor da pele e muita irracionalidade à mistura.

Esta peça foi de longe o maior trabalho realizado pelo grupo juvenil da NCB. Numa auto-avaliação final, concordamos todos que a peça correu bem, mas que há vários pormenores, principalmente técnicos, que temos de melhorar, e certamente na próxima actuação conseguiremos apresentar um espectáculo ainda melhor.

Por isso esteja atento, continue a seguir diariamente o nosso blog, para saber mais datas de espectáculos da nossa peça ‘A Divisão’, pois a presença do público também é importante para a realização dum bom espectáculo.

Bruno Boss

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Análise da Sondagem de Março

No início do mês de Março, eu, actriz estreante, deparei-me com o desafio de criar a sondagem habitual a que já temos vindo a habituar os nossos visitantes. Como também eu estava expectante, com tudo o que de novo acontecia à minha volta, tive curiosidade em conhecer o que aguardavam aqueles que nos seguem, propondo então uma reflexão sobre as expectativas suscitadas ao longo do mês, através de fotografias, vídeos, textos e entrevistas, acerca da peça de Miguel Marado, “A Divisão”.

À questão apresentada (“O que espera do novo projecto, ‘A Divisão’?”), 80% dos votantes optaram pela primeira opção “uma novidade, pela abordagem teatral adoptada, o drama”, maioria esta que valorizo bastante uma vez que todo o grupo, como já foi mencionado pela Joana Barroso Magalhães, trabalhou muito, com um enorme afinco, para produzir um novo espectáculo, com esta abordagem teatral nunca antes adoptada, trabalho pelo qual nos encontramos todos bastante satisfeitos e orgulhosos; os restantes 20% couberam à segunda opção “uma novidade, pelos mais recentes actores/actrizes”, percentagem que me deixa contente uma vez que eu mesma sou uma destas novas actrizes, e que uma grande parte do elenco é fruto do Workshop de novatos, apresentado no Festival da Maioridade; e finalmente, as duas últimas opções, “Mais um espectáculo como tantos outros já apresentados” e “Não formei qualquer tipo de expectativa”, não reuniram qualquer voto, facto que me agrada bastante uma vez que gostamos e trabalhamos para presentear o nosso público com novos projectos, perspectivas diferentes, novas abordagens, apreciando ver esse esforço valorizado.

Resta-me agradecer a todos a sua presença no Centro Cívico de Palmeira no passado dia 28 de Março, os aplausos, os sorrisos, as palavras de força e as críticas. São os espectadores que fazem o espectáculo e apenas com a vossa ajuda conseguimos crescer como Companhia Teatral, como actores, como pessoas. Espero que tenhamos cumprido, ou até superado, estas expectativas, e que tenham apreciado tanto a nossa peça como nós gozamos prepará-la, amadurecer as suas personagens e levá-la a palco.

Num registo mais pessoal, obrigado a todos os que me ajudaram nesta meta, nesta grande estreia, em especial ao meu irmão, nosso estimado encenador, Miguel Marado, que tanto me tem vindo a ajudar a crescer; e a todos os meus colegas, por todo o apoio, palavras de força, conselhos e nervos repartidos. Obrigado a todos.

“A Divisão”, a família Montenegro, e o Grupo Juvenil da Nova Comédia vão continuar por aí, com novas apresentações. Mantenham-se atentos.

Ana Miguel Marado

terça-feira, 7 de abril de 2009

Entrevista a Diamantino Esperança, sobre a peça "O Morgado de Fafe em Lisboa"



O Diamantino Esperança é um dos mais experientes e apreciados artistas do Grupo Sénior da NCB, tendo cerca de 18 anos de história na Companhia e sendo um apoiante e forte amigo do Grupo Juvenil, desde o nosso início em 2001.

O Rui Lucas procurou saber a origem do vasto historial do Diamantino no Teatro; dar a conhecer as peripécias d' "O Morgado de Fafe em Lisboa", peça na qual o Diamantino representa o próprio Morgado; explorar o interesse desta obra camiliana no contexto da sociedade contemporânea e a motivação da NCB e do seu Grupo Sénior em levá-la a palco.


Não perca mais este, já o 24º vídeo do Canal YouTube da NCB e o primeiro em HD (Alta Definição, formato 16 x 9), que lhe traz em foco alguns dos artistas da nossa cidade.


Deixe a sua opinião na sondagem de Abril da nossa página, aqui ao lado:
<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<