quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Centro Civico de Palmeira - Fotos


Há algum tempo atrás entrando numa nova situação, num novo desafio na vida, vi-me reviver esta imagem mentalmente. Embora mais recente, esta é ainda a mesma entrada para o Centro Cívico de Palmeira, como a conheci.

Havia-nos sido proposto fazer uma mostra teatral no âmbito do já tão mencionado Festival da Maioridade e, através desse desafio, nasceu um outro... Pisar um palco novo, num edifício recém criado que nos trazia atractivas condições em relação ao “nosso” já esbatido Auditório Municipal Galécia.

Esta imagem representa o que foi sair do carro, e perceber que um novo capítulo se abria e que a disponibilização de diferentes recursos e inovações eram dados ao teatro amador.






Passado o Hall e á medida que descíamos as escadas, que acabaram por se tornar um pouco nossas, – ou pelo menos minhas, – durante aqueles meses de trabalho, as letras que soletram AUDITÓRIO tornavam-se parte do meu campo de visão.

Foi assim que acabou por nascer outra forma de abordar um palco, outra forma de abordar o teatro, a nossa prestação, ou até de nos abordarmos a nós próprios.



Em suma estas imagens são agora para mim como o Teste de Rorschach, onde tanto posso ver apenas uma imagem, uma nova aventura, a promessa de um novo lugar, o iniciar de uma jornada; ou simplesmente aquele nervoso miudinho que tanto me acompanhou e acompanhará em palco.


Diogo Ferreira


Fotos @ Junta da Freguesia de Palmeira

Obrigado!


2 comentários:

Miguel Marado - NCB disse...

Óptimo e sincero texto do Diogo, que demonstra o carinho que sentimos em relação a este espaço onde fomos muito bem acolhidos.

Espero agora que todos tenham a oportunidade de visitar o Centro Cívico, para nos verem e para conhecerem um local que já está um pouco mais quente e acolhedor, sendo o lar de tantas e tão agradáveis memórias.

Já em Outubro terão oportunidade de nos ver em palco, com o Teatro do Oprimido. Além disso, a NCB, em colaboração com a Junta de Freguesia de Palmeira, estão a preparar programação diversificada quinzenal neste espaço.

Miguel Marado

Anônimo disse...

Diogo por motivos óbvios tornei-me um visitante mais ou menos assiduo do blogue do Grupo Juvenil. Hoje, dia 24 de Setembro, fiquei surpreso pelo texto por ti elaborado. Esse espaço a que te referes conheci-o desde cedo e, curiosamente, tive receio em me responsabilizar por ele. A atitude do Presidente da Junta, para mim algo precoce, ao entregar-me as chaves (diga-se de passagem as únicas chaves)do espaço asustou-me. Porque recaíam sobre mim todas e quaisquer responsabilidades de um enorme espaço. Felizmente tudo correu bem.
É curioso o efeito que te provocaram as imagens do espaço. Aprendi há já algum tempo a prestar alguma atenção a esse aspecto nos vários lugares que frequentei temporariamente. Nesse sentido procurava ficar com o registo "inicial", ou seja as primeiras impressões que os sitios nos causam e depois comparar com o sentimento que possuimos passados alguns meses... Fi-lo quando, dois anos atrás foi estagiar para uma escola ao registar o primeiro impacto que tive no primeiro dia com o aspecto exterior, as salas, os corredores, as expressões das aínda desconhecidas pessoas. A comparação entre este primeiro reconhecimento em que prestamos atenção a pormenores que depois deixamom de reparar é curioso. Esqueci-me de referir, o cheiro que sentimos dos espaços é incrivel e depois fica impregnado sem darmos conta dele. Tive de me deslocar à escola meses após de findar o estágio. Hávia novos cartazes, novos professores, novos auxiliares, novos alunos mas o cheiro..., esse era o mesmo!

João Gomes