Sendo convidado, e tendo aceite, a proposta de (re)criação e encenação do Grupo Juvenil NCB, em Fevereiro de 2005, imediatamente programei para Setembro/Outubro seguintes o retomar deste projecto. Estabelecidos alguns contactos, convidadas algumas pessoas, na maioria amigos pessoais, iniciou-se o processo de organização do que seria este projecto, já estabelecidos alguns objectivos, já conhecidas algumas realidades.
Sabia, então, duas coisas: teria pessoas muito jovens e/ou muito inexperientes; queria uma organização que me desse garantias e que potenciasse uma formação o mais apoiada na prática e na observação activas, num estilo dramático que não a comédia.
Assim, decidi que a formação de dois grupos internos, com ensaios conjuntos da mesma peça, - sem objectivo de competição, mas apenas os acima mencionados, - seria ideal para o que queria dar a estes jovens, no que respeita a conhecimentos e prática teatral.
Importante também era, sem qualquer dúvida para mim, o poder estabelecer o mínimo de hierarquias entre os actores, sendo que eu próprio não os conhecia enquanto tal. Com isto em mente, optei por propor a todos a realização de alguns contos curtos, de suspense, retirados de textos que conhecia e admirava, com proveniência da “Alfred Hitchcock’s Mystery Magazine”, dos anos 60, aproximadamente. Eles tiveram oportunidade de representar, na maioria, duas personagens, tendo equivalentes importâncias e presenças em palco.
Esta proposta foi, a meu ver, bem recebida, criando-se assim, com “As pistolas carregadas são perigosas”, “O Céu como limite” e “O ladrão de jóias”, textos seleccionados e adaptados por mim, com auxílio ocasional de João Pedro Oliveira, a “Trilogia Hitchcock”.
Iniciamos, então, o trabalho neste grupo com o suspense, estilo pouco abordado em teatro, verificando que o nosso maior problema foi o facto dos actores dedicarem pouco trabalho de casa ao projecto, demorando uma excessiva quantidade de tempo a decorar o texto.
Saliento que este projecto inicial se revelou um sucesso, com críticas positivas da parte do público e dos elementos da NCB, comprovadas com a participação no Festival Nacional de Teatro de Amadores da Póvoa de Lanhoso, onde nos puseram entre os melhores grupos de teatro de amadores do país.
A humildade demonstrada pela maioria dos envolvidos faz-me achar necessário o reafirmar desses elogios, principalmente às suas prestações individuais e colectivas. Vocês evoluíram e mostraram, segundo muitas pessoas com muitos anos disto, enorme talento e potencial para melhorar.
Só falta não deitar fora as oportunidades…
Miguel Marado
5 comentários:
O meu primeiro trabalho na companhia ^^ pôr som e luz nesta magnifica peça, que demonstra a polivalência dos actores!! Suspense (depois de saberem das apresentaçoes cómicas que ja fizemos).
Excelente texto do Marado culmatando a grande peça que é descrita!
ora,marado em grande penso...
o texto tá mt fixe!Descreve a evoluçao do grupo,sublihando a "Trilogia de Hitchcock"...parabéns!
abraços
ainda me lembro kando me convidaste para a NCB, nessa altura tava a passar por uma fase menos boa e tu sempre do meu lado, fikei toda contente por fazer teatro mas ao mesmo tempo pensava k nao era capaz por toda gente sabe k eu era mt timida. adorei fazer a triologia a carolina e a alice sao personagens tao diferente, foi tao bom fazer entrar pela primeira vez no palco e ver k venci o meu medo, agora tou pronta pa td ker seja no teatro ou mesmo na vida. o teatro so me fez bem. beijo dakele e akele abraço
Muito tenho a agradecer ao Hitchcock momentos tão bem passados. E a estes jovens pois tá claro: ao nuno por tantas partidas de xadrez empatadas, ao pedro por assumir a sua morte, às vezes, só p eu ficar contente, à jô por gargalhadas sem fim, à lili por me ajudar a descobrir a carolina e a alice, a todos os outros, e ao marado...por tudo isto e muito mais:)
E já dizia o outro, Só me lembro de estar aqui e de me chamarem...
Trilogia hitchock, foi assim k para mim começou esta aventura no teatro, muito trabalho, muita diversão, mas um resultado muito bom...
E uma coisa eu tenho certeza,todos aprendemos muita coisa com a trilogia...
Aquele abraço...
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