segunda-feira, 31 de março de 2008

Fotos do 4º espectáculo do Festival

Esta foto retrata uma das peças levadas a cabo pela NCB que abordou o tema do aborto, um dos trabalhos mais emotivos até agora apresentadas pelo grupo juvenil desta Companhia de Teatro. Esta peça ("Reflexão sobre o Aborto") surgiu aquando do referendo sobre o aborto e tentou ser um alerta de sensibilização para um assunto que diz respeito a toda a sociedade, tentou também aproximar-se da realidade de muitos adolescentes e as reacções daqueles que lhes são mais próximos (os pais).

Esta peça teve lugar no Centro Cívico de Palmeira e contou com a participação dos quatro actores que podem ser vistos na foto, Miguel Marado (também encenador), Liliana Ribeiro, Ângela Saraiva e Nuno Araújo (respectivamente, da esquerda para a direita).

Nesta fotografia vemos em palco mais três actores da NCB e o peculiar amigo de todo o grupo, o Rexy. Os actores são: Mário Coelho (à esquerda), Diogo Ferreira (à direita) e, a brincar com o Rexy, temos o Nuno Araújo. Esta peça foca o tema dos "Direitos dos Animais" e tem um cariz cómico, devido às peripécias que se vão desenrolando. Este nosso trabalho torna-se ainda mais curioso e surpreendente, devido ao facto de existir uma animal de estimação que é um boneco de plástico, um amigo de infância da personagem desempenhada pelo Nuno, o “Gui”.

Com esta peça tentamos demonstrar o amor que há entre um animal e o seu dono, um amor que pode ser sempre retribuído na mesma medida.


Joana Barroso Magalhães

terça-feira, 25 de março de 2008

As sete maravilhas do homicídio

A Nova Comédia Bracarense convida-te para vires assistir ao Festival da Maioridade, a mostra dos projectos do nosso grupo de jovens. Neste festival estará também incluída a peça “As sete maravilhas do homicídio”.
Esta peça hilariante promete fazer-te rir do princípio até ao fim, vamos dar as várias perspectivas do casamento, - desde do marido que está sempre ocupado com as “reuniões” até ao marido que trata a mulher como uma criada, - vamos proporcionar à mulher várias soluções para acabar com o casamento ou, mais propriamente, como acabar com o grande incómodo que é o marido.
Nesta peça vamos ter um vendedor que nos vais tentar impingir as várias soluções para o marido chato, do qual a mulher já se encheu; ou porque ele não era o príncipe encantado que parecia prometer; ou porque afinal ele não era tão querido como ela queria.
No princípio, todas as relações são maravilhosas, os maridos tratam as mulheres como se elas fossem únicas, são carinhosos… Mas com o passar do tempo começam as “reuniões” que acabam sempre tarde, as idas ao futebol, as saídas com os amigos e, além disto, começam a tratar a mulher como se fosse uma espécie de criada.
Temos sete maneiras de como se “livrar” do seu marido, se ele for assim. Somos especialistas em químicos, em objectos eléctricos, em recursos humanos e não só; caso nenhuma destas soluções funcionar, temos um pau verde que é remédio santo. Foi feito um estudo, e foi provado que ninguém registe ao nosso temível pau, este método é 100% eficaz.
Para além de confidencialidade com a nossa cliente, prometemos ser eficazes, rápidos e discretos. Somos uma empresa discreta e proporcionamos à mulher uma maneira de se ver livre do marido sem ela ser incriminada, pois ninguém vai desconfiar de uma viúva chorosa. Assim pode recolher o chorudo seguro do marido…
Esta peça é baseada no humor negro, visto serem representadas pelos actores várias formas de morrer que podemos considerar quase impossíveis… Mas como se costuma dizer “ nada é impossível”… Por isso, nunca se sabe o que pode acontecer.
Venha ver os actores a dar o seu melhor. Vai poder ver o Mário Coelho, o Daniel Mendes Pereira, o Nuno Araújo, o Diogo Ferreira, o Miguel Marado e eu, Liliana Ribeiro.
Prometemos uma noite de puro divertimento e vamos dar que pensar, pois os maridos vão ficar com medo, muito medo... Depois de assistirem a esta peça os maridos vão pensar duas vezes antes de fazerem algo de mal. Por isso, mulheres, contem às vossas amigas e tragam os vossos maridos que prometemos ser, no mínimo, terapêuticos
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quarta-feira, 19 de março de 2008

Retrospectiva/Prospecção

Boa tarde a todos. Hoje pensei em fazer uma retrospectiva daquilo que tem sido para nós, NCB, e em particular para mim, o Festival da Maioridade. E também aquilo que espero que ainda seja. O Festival, como todos já devem ter percebido, comemora os 18 anos de existência da Nova Comédia Bracarense.

Assim sendo vou começar por falar de um modo geral e por todos nós. Por enquanto, este festival tem sido um sucesso. Um sucesso trabalhoso, cansativo, inovador. Mas acima de tudo dignificante, recompensador e enriquecedor. É bom conseguirmos fazer com que as pessoas se desprendam dos seus hábitos e rotinas e sejam capazes de vir assistir a uma peça de teatro de amadores feita por jovens cuja única motivação é no fim de cada peça poder ouvir as palmas do público, mas também saber corrigir os erros para não os voltar a cometer posteriormente. Ainda assim gostaríamos de poder actuar e mostrar o nosso trabalho a mais gente. Gostaríamos de subir a palco e ver as cadeiras do Centro Cívico de Palmeira repletas de pessoas, prontas para nos avaliar, aplaudir e criticar no fim de cada peça.

Pessoalmente o Festival tem sido uma experiência enriquecedora, da qual faço um balanço extremamente positivo. Desde a “Natal a Se7e” passando pela “Direitos dos animais” e acabando recentemente na “Zapaterias”, tenho-me sobretudo divertido a fazer teatro, sejam as peças cómicas, dramáticas ou de suspense.

Como sabem, decorrem neste blog as votações para 3 prémios:”Melhor Actor”, “Melhor Actriz” e “Melhor Novato”, todos eles em relação ao Festival que está a decorrer. Haverá melhor maneira de avaliar as capacidades de cada um de nós do que assistir aos espectáculos do “Festival da Maioridade”? Apareçam! Venham ver os pupilos da NCB. Venham ver o fruto do nosso trabalho e venham-se divertir. Para que no fim aqueles que mais se esforçaram, aqueles que mais trabalharam e aqueles que mais brilharam em cima do palco vencem esta competição, que não é mais do que um reconhecimento disso mesmo: esforço, brilho e trabalho.

Futuramente espero ter o dobro, o triplo (e mais, se couberem!), a assistir aos nossos espectáculos. Porque o que está em causa não é se vai passar um bom momento, ou se se vai divertir… porque isso é garantido! O que está em causa é se a novela no sofá, ou o futebol no café da esquina, são preferíveis a um bom par de horas de diversão e entretenimento. Deixem-se contagiar pela nossa alegria e apareçam. O resto é por nossa conta.

Daniel M. Pereira

terça-feira, 11 de março de 2008

Polls

Como deve ser do conhecimento de toda a gente, um bom grupo de teatro é aquele que inova constantemente segundo a necessidade do seu público. Este é, de facto, o objectivo das polls, ou sondagens, que pomos à disposição de toda a gente no nosso blog (ncbjovens.blogspot.com).

Aquilo que o grupo de jovens da Nova Comédia Bracarense pretende com as polls que põe no seu blog é conhecer os gostos das pessoas que apreciam, e costumam assistir, às nossas peças, assim como determinar aquilo que as pessoas menos gostam, para que quando prepararmos um espectáculo, seja de improviso ou não, as possamos deliciar com os exercícios de improviso ou com o seu estilo teatral preferido, ou simplesmente não voltar a fazer aquilo que as pessoas não gostaram.

Com as sondagens já conseguimos determinar qual foi o exercício de improviso preferido do público no espectáculo dos novos artistas do workshop, que na realidade foram dois: “Conferência de Imprensa” (o público escolhe o entrevistado) e “Jogo das Cadeiras” (o público fornece o objecto de referência), ambos com 7 votos (33,33%). A seguir posiciona-se “Os Três Sábios” (as questões são colocadas pelo público), com 5 votos (23,81%). Como foi dito acima, através desta poll também conseguimos determinar qual foi o que o público menos gostou: “First line, last line” (o público fornece a primeira e última falas), com 2 votos (9,52%).

E também, como as polls não podem ser todas sobre os nossos espectáculos e/ou improvisos, concluímos numa poll anterior (feita pela altura do Natal) que aquilo que as pessoas acham que deveria ser uma boa prenda para o teatro bracarense seria grandes públicos, não deixando de parte o facto de que o apoio dos poderes políticos também seria uma grande ajuda, mas pessoalmente acho que sem público não haveria teatro, por isso a melhor prenda seria, sem sombra para dúvidas, um Grande Público.

Através de polls vamos também (tentar) determinar qual é que as pessoas acham que é o Melhor Actor, a Melhor Actriz e o Melhor Novato do grupo juvenil da Nova Comédia Bracarense, sendo assim o escolhido/a pelo público, eleito até ao final do Festival da Maioridade, que está a decorrer neste momento até o dia 12 de Abril, dia em que serão entregues os prémios. Aproveito, já agora, para desejar boa sorte a todos os nomeados para os prémios e para fazer também um pouco de propaganda: Votem em mim!

Acho que o objectivo das polls tem sido cumprido até ao momento e tem contribuído para que o nosso grupo se adapte aos gostos daqueles que gostam e têm prazer em ver-nos. Para essas pessoas um “Muito Obrigado”, não esquecendo também aqueles que têm a paciência de visitar o nosso blog para darem a sua opinião e votarem nas polls.

Nuno Araújo

quarta-feira, 5 de março de 2008

Drama

A Nova Comédia Bracarense tem todo o gosto da vossa presença para o espectáculo de improviso que se vai realizar no dia 15 de Março, no Centro Cívico de Palmeira. Esta peça insere-se no Festival da Maioridade da Nova Comédia Bracarense, que tenta primar pela originalidade dos seus espectáculos e explorar os diversos estilos teatrais. Este espectáculo abordará uma temática de carácter dramático, sendo mais uma amostra do trabalho dos actores.

A palavra drama em senso comum significa um acontecimento ou uma situação de grande intensidade emocional. Todavia, em sentido literário, drama configura um texto destinado a representação, independentemente do seu carácter de tragédia, de farsa, etc. Assim, falar do género dramático é falar do género teatral.
O teatro tem, normalmente como ponto de partida um texto, mas neste caso trata-se de um improviso. A relação com o público não se dá através de um texto mas sim através dos diversos avanços que forem sendo registados, procurando o artista deixar-se levar pela criação da mesma.
A arte do drama só adquire vida ao se corporizar numa encenação. Os actores emprestam à actuação, a presença física, os gestos, o olhar e a voz, comunicando ao publico os personagens que estão a representar.

Na minha opinião, o género dramático assemelha-se-me mais confortável, mais fácil, uma vez que me sinto mais confiante e torna-se mais imediato para mim dar continuação à acção que está a ser desenvolvida, pois não preciso ter queda para a comédia.
Este improviso dramático assentará em construções momentâneas, esporádicas e demonstradoras de uma divagação de realidades não de tom cómico, mas a exploração de sentimentos mais direccionados para as vivências, experiências, passagens e momentos que poderão apelar ao sentido mais humano, mais verdadeiro e mais real das vicissitudes do quotidiano.

O improviso dramático será uma nova área explorada pelos actores da NCB, que pretenderá cativar o espectador, envolvê-lo por momentos de um exacerbado apelo ao canto mais profundo dos nossos seres, demonstrar que há muito por explorar, muito por fazer e muito do que vos presentear. Porque a vida não tem só registos cómicos, porque momentos dramáticos assolam a qualquer hora quando menos se espera, porque as fases da vida são dicotómicas (alegria, tristeza), porque a vida é um momento curto, mas no qual há passagens longas e nem sempre felizes.
O nosso objectivo não é fazer relembrar isso, é sim e tão só, sermos capazes de pisar “solos” menos pisados, é demonstrar que o teatro é arte, que o teatro pode ser aquilo que queremos, é a demonstração do “eu” que se pode reflectir no vocês.
Por isto e muito mais, acho que vale a pena assistir a este novo desafio.

Sara Soares