terça-feira, 29 de julho de 2008

Fotos da Liliana - Melhor Actriz do Festival da Maioridade

Começo por dar os parabéns à actriz do grupo juvenil da Nova Comédia Bracarense, Liliana Ribeiro, pelo seu esforço, trabalho e empenho, a um nível tal que lhe granjearam o prémio de Melhor Actriz do Festival da Maioridade que decorreu de 5 de Janeiro a 12 de Abril deste ano, festejando o 18º aniversário da nossa companhia.
A Liliana participou em quase todos os espectáculos e com uma excelente presença em palco, o que a ajudou a conquistar o nosso público que tanto estimamos.

Todo o trabalho que viemos a desenvolver ao longo deste tempo demonstra que o teatro amador se pauta cada vez mais por um “profissionalismo” e uma capacidade em muito equiparáveis ao teatro profissional. Nesta linha de conta os prémios do Festival da Maioridade vêm demonstrar isto mesmo.


Houve um trabalho em conjunto de todos os membros e de todos os actores, mas só três poderiam ser os eleitos para ganhar os prémios de Melhor Actriz, Melhor Actor e Melhor Novato do Festival.
Os prémios são simples, mas com um grande valor para todos nós e em especial para os vencedores.

Foi um Festival bastante trabalhoso, houve momentos de stress, momentos de alegria e algumas brincadeiras. No fim de tudo só ficou o sentimento da saudade e dos objectivos cumpridos.

Sara Soares

domingo, 27 de julho de 2008

"A minha relação com o teatro" - 1ª parte

A Matilde Quintela é uma actriz do Grupo Infantil da NCB que recentemente entrou em contacto com o Grupo Juvenil. Tem apenas 11 anos e um interesse profundo pela interpretação.


A Matilde partilhou connosco um texto que publicaremos na nossa página, a primeira parte hoje e a segunda no dia 10 de Agosto. Perante a existência de algum talento na escrita e de muita vontade, decidimos abrir aqui algum espaço para a tal Permuta de Experiências que menciona a Ângela Saraiva no último texto desta página NCB Jovens.


Esperamos que gostem...


Miguel Marado



"A minha relação com o teatro", de Matilde Quintela

Lembro-me que, quando era pequenina, já tinha o gostinho pela representação. Lá nos natais que passei na casa da minha avó, era eu quem se punha em cima das cadeiras e fazia as gracinhas, cantando canções (improvisando daquelas partes que era difícil lembrar) e jogando com os nomes dos meus familiares e amigos. Que bonita era a sonoridade das palavras quando rimavam… Já em casa era igual. Lá no meu quarto via os anúncios da televisão e lembro-me de pegar nos meus bonecos, no “camaramen” e nos “figurinos” e andar por lá imitando aquelas bonitas modelos que sorriam quando cheiravam o perfume ou quando a coloração do cabelo estava bonita…

Quando era pequena (tal como agora) era muito adepta de filmes e, quando o filme acabava, ia para o meu quarto e fazia o mesmo que fazia com os anúncios.

Aprendi a ler aos 4 anos e meio. Tive como ajuda as cassetes da “Rua Sésamo” e os meus bons ouvintes: os peluches: o rato Mickey, a vaca do Buéréré, o “palhacinho”, o Speedy González, entre outros amigos. Vou começar a história pelo início: lá estava eu em cima da minha cama com a minha “trupe” a contar a história da Branca de Neve (contava as histórias descrevendo as imagens e dando relatos do que ouvia) e mal acabei, dei por mim que percebia o que aquela confusão de letras significava. Toda contente fui mostrar aos meus pais. A partir daí comecei a gostar de ler e mascarar-me de personagens dos contos de fadas.

Aos 5 anos, a minha mãe anunciou-me de que iria para a escola. Fui um dos melhores momentos da minha vida! Estava tão ansiosa para aprender a fazer “coisas dos crescidos”. Eu nunca tinha visto a minha escola, mas na minha imaginação já surgia uma imagem: uma escola grande e amarela com um recreio cheio de relva muito verde e uma professora; sim, uma professora nova, alta e magrinha de cabelo loiro e olhos azuis como nos filmes. Tinha chegado o grande dia e dei comigo á porta de um edifício baixinho e acinzentado, muito velhinho; o recreio era de terra batida e ervas daninhas. Fiquei admirada porque aquilo não era nada do que eu tinha imaginado, mas mesmo assim estava ansiosa por começar a trabalhar. Subi as escadas e fui bater á porta de uma sala, a sala dos professores. Abriram a porta, mas lá só estavam velhotas sorridentes, a beberem chá e a comer pãozinho com margarina. Uma professora, uma das mais velhinhas era a minha futura professora.

Como tudo era diferente dos filmes… Não posso dizer que não tenha gostado de estar naquela escola, na verdade gostei muito. Dois anos depois anunciaram que aquela escola deixaria de existir e construiriam uma nova para nós. Depois de a escola nova estar construída parecia-se mais com a escola que existira na minha imaginação.

(continua a 10 de Agosto)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Permuta de experiências

Desde os primórdios da humanidade que há uma intensa interacção entre os elementos mais idosos de uma comunidade e os elementos mais novos dessa mesma comunidade. Este contacto vai promover uma troca de experiências extremamente importantes que servirão de exemplo para as gerações futuras e estes saberes passarão de geração em geração, com a missão de melhorar a comunidade em questão.

Na Grécia antiga, aqueles que viriam a ser os grandes pensadores do seu tempo, cresceram a aprender com outros grandes “monstros” da cultura, e aprendiam todas as coisas passeando por jardins imensos onde se escondiam histórias verídicas, fictícias e até mesmo previsões…O que pretendo com esta constatação é mostrar que numa das maiores civilizações da história da humanidade, a permuta de experiências entre novos e velhos existia, e caso esta permuta não tivesse dado resultado, não aconteceria termos ainda na actualidade teorias da época desses grandes pensadores!

Tal como nestas civilizações, que estão divididas em “classes”, conforme a sabedoria e experiência dos elementos, o mesmo acontece neste grupo de teatro, onde é possível encontrar três diferentes graus de “sabedoria”, pois temos três diferentes grupos: o grupo infantil, que se destina às camadas mais novas da nossa “sociedade”; o grupo juvenil, que foi desenvolvido para elementos jovens adultos; e o grupo sénior, este que é o grupo inicial da Nova Comédia Bracarense e que está destinado para os elementos com mais experiência em teatro.

Pela minha experiência pessoal, posso afirmar que o contacto com pessoas mais velhas que nós é muito frutífero, já que, sendo o elemento mais novo do grupo ao qual pertenço – o grupo “juvenil” –, com este contacto com pessoas mais experientes em teatro, aprendi inúmeros aspectos essenciais para melhorar enquanto actriz e para melhorar também enquanto cidadã (quase) adulta deste país. Penso que não sou o único exemplo desta troca de saberes, visto que quando entrei para esta companhia, outros elementos que entraram, tal como eu, para crescer divertindo-se, também aprenderam muito ao longo destes quase três anos de actividade, mesmo não tendo grande experiência de palco.

Ora, se existem provas de que este contacto surte efeito, o que proponho é que dentro da nossa companhia exista cada vez mais esta permuta de exemplos e experiências entre o grupo “sénior” e o “juvenil”, o grupo “juvenil” e o grupo “infantil”, já que desta forma teremos a oportunidade de gerar no nosso seio novos e melhores valores para o nosso país, para a nossa cultura e, principalmente, para o teatro de amadores.


Ângela Saraiva

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Os últimos e/ou os primeiros?!

“De entre todas as actividades culturais, que lugar ocupa o teatro, na tua opinião, na panorâmica cultural portuguesa?” foi a questão colocada a todos os visitantes deste blog, no mês de Junho, no âmbito de mais uma sondagem do ncbjovens.blogspot.com. O objectivo deste desafio era recolher opiniões acerca do peso e/ou importância que o teatro, enquanto actividade artística, possui no meio social e cultural português. Neste sentido, havia quatro hipóteses de resposta, das quais as três primeiras correspondiam à ideia de que o teatro ocupa a primeira, segundo ou terceira posição, por esta ordem. A quarta alternativa deveria ser seleccionada quando se considerasse que esta forma de arte se posicionasse abaixo da terceira posição, quando comparada com outras actividades artísticas mais ou menos presentes no nosso país, tais como a dança, a pintura, a escultura, o cinema, entre outras.

Confesso que a escolha desta temática e o modo como a questão está escrita foi resultado de uma curiosidade pessoal em conhecer qual a opinião dos visitantes relativamente ao acima descrito. Deste modo, a intenção da sondagem em questão não foi averiguar o desejo das pessoas, isto é, o lugar que elas gostariam que o teatro ocupasse na panorâmica cultural e artística nacional, mas sim a sua percepção sobre a realidade que, feliz ou infelizmente, nos envolve. Vejamos os resultados...

É interessante verificar que a maioria dos votos se concentra na hipótese um e quatro, ou seja, nos dois extremos – 37,5% dos votantes optaram pela primeira alínea e 31,25% considera que o teatro ocupa um lugar inferior ao terceiro - o que parece indicar que das duas uma: ou a maioria das pessoas acredita que o teatro é a principal área artística em Portugal ou que tem, pelo menos, três outras “à sua frente”. A restante percentagem de votos (31,25%) divide-se pela segunda e terceira hipóteses, sendo que 18,75% das pessoas seleccionou a segunda e apenas 12,5% a terceira. Novamente em tom de confissão, gostava muito de compreender a/s razão ou razões que influenciaram a tomada de decisão dos votantes. Não é suposto que conjecture, neste texto, acerca das mesmas, nem que tente apontar razões para este padrão de votação que pode, claramente, ser alvo de várias interpretações. De qualquer forma penso que seria muito interessante abordar este tópico numa sondagem futura. Nunca se sabe...Resta-me dizer que foi com muito gosto que escrevi mais um texto para este blog que, como posso constatar, se encontra em constante evolução... Até breve!

Joana Raquel Antunes

sábado, 12 de julho de 2008

Noite de Stand-Up com João Seabra



A nossa noite de Stand-Up, que contou com João Seabra, os artistas da NCB Daniel Mendes Pereira e Pedro Kayak, para além da apresentação de Miguel Marado (também actor da NCB), foi no passado dia 6 de Junho de 2008.

Agora trazemo-vos estes hilariantes 5 minutos no qual podem ver bons momentos de cada um dos comediantes que pisaram o palco, num vídeo a não perder!

Este espectáculo foi a primeira vez deste género, Stand-Up comedy, em Palmeira, tendo sido organizado pela NCB e pela Junta de Freguesia de Palmeira.

Passe no nosso canal do YouTube, cada vez mais preenchido. Subscreva-o, comente e vote na nossa sondagem de Julho, aqui à esquerda:
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terça-feira, 8 de julho de 2008

Entrevista a Vasco Oliveira - Presidente da NCB



Vasco Oliveira é o outro membro fundador da NCB que se mantém na companhia, sendo que também (tal como o Carlos Barbosa) foi distinguido pelo grupo juvenil, ao ser congratulado com uma pequena homenagem no final do Festival da Maioridade e por ser também um dos primeiros entrevistados nesta nova "rúbrica" mensal do ncbjovens.blogspot.com.

O Bruno Boss questionou o Vasco acerca do caminho a seguir para a NCB, acerca do cargo de Presidente que o Vasco ocupa, acerca de mudança de "casa" para Palmeira e mesmo acerca da opinião deste acerca do grupo juvenil.

Veja esta entrevista descontraída e directa ao assunto e não perca mais 12 vídeos já existentes no nosso canal no YouTube!

Subscreva os nossos vídeos, comente e vote na nossa sondagem de Julho, mesmo aqui:
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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Fotos do Workshop


Olá a todos os visitantes deste blog!
É com muito prazer que início aqui a minha participação no blog deste grande grupo de teatro!

Ultimamente temos estado a realizar um workshop acerca do teatro do oprimido, forma de teatro esta que iremos utilizar em futuros espectáculos. Os ensaios deste workshop têm sido bastante produtivos, não só a nível de gerar conhecimentos teatrais, mas também no fortalecimento das relações de cumplicidade entre o grupo, o que também é bastante importante para podermos interagir em palco de uma forma mais produtiva e qualitativa.
Estas fotos são quase que a ilustração perfeita daquilo que têm sido estes ensaios. Muita alegria, boa disposição e união. Por vezes, e porque afinal somos apenas um grupo de actores amadores, não tem sido fácil conseguir que toda a gente vá assiduamente aos ensaios, o que torna difícil conseguir realizar todos os exercícios que cada ensaio tem por objectivo com o melhor aproveitamento.



No entanto, como já anteriormente mencionei, penso que tem valido a pena e que temos tirado grandes ensinamentos deste workshop. E fazemos isto tudo não apenas para aumentar as nossas capacidades de actuação a nível pessoal, mas para também podermos fazer chegar junto de vocês, público, um maior leque de realizações teatrais, para assim conseguirmos cativar cada vez mais a vossa atenção e admiração.
Sintam-se à vontade para fazer críticas construtivas e depreciativas, pois assim também nos poderá, quiçá, ajudar a melhorar.





Pedro Bafo